sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Súmulas Espirituais

Eu tenho falado muito nos últimos textos sobre as posturas que adotamos e em como deveríamos nos esforçar em agir mediante as referências espirituais em contrapartida daquelas ditadas pela cultura. Este tipo de afirmação pode suscitar dúvidas quanto ao conteúdo das referências espirituais. Quais seriam elas e como encontrá-las?
Primeiramente deve-se colocar que elas não são referências prontas e estáticas, as quais bastaria consultar tal qual um livro datado. Se assim o fosse, representariam uma ditadura de comportamentos que não se adaptam as novas condições existenciais. As referências não são prontas, mas devem ser construídas e interpretadas por cada indivíduo singular no seu cotidiano concreto. Entretanto, há sinalizações que indicam quais referências são corretas, espirituais. São todas aquelas que promovem o indivíduo e o meio em que está inserido, sem acarretar prejuízo para ninguém. As referências espirituais são aquelas, portanto, que preservam um sentido de pertencimento ao conjunto da vida, potencializando cada singularidade e a totalidade a que ele pertence.
Todos temos impressos dentro de nós, espíritos que somos, essas referências. Entretanto, em cada época surgem indivíduos mais preparados que expressam súmulas para contextualizarmos a nossa realidade. Assim, encontramos várias sentenças que expressam as referências espirituais:
-Quando Jesus diz: "Amar o próximo como a si mesmo";
-Quando Sócrates diz: "Só sei que nada sei";
- Quando Shakespeare diz: "Se todos fossemos tratados como merecessêmos, quem escaparia ao chicote";
- Quando Gandhi diz: "Tudo que é conquistado pela violência só pode ser mantido pela violência".
E há tantas outras, bastando atentar para os grandes pensadores e sábios de todas as épocas. Nenhuma destas súmulas representa um pensamento fechado, mas uma orientação para que cada um de nós consiga deduzir para suas necessidades o melhor comportamento a ser adotado.

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