Ao longo do tempo, principalmente no decorrer do século XX, muitos jovens buscaram romper com seu meio social arregimentando-se contra o "sistema" e propondo modos de vida alternativos. Pintaram e rasparam os cabelos, usaram roupas rasgadas, pregaram o amor livre, fizeram uso de drogas as mais variadas, incitaram atos de violência, chocaram de todas as formas, etc. Enfim, propuseram medidas quase que sempre radicais ou até ingênuas demais. E apesar da falta de resultados que isso ocasionou, ou até mesmo dos desastres cometidos, esta prática parece continuar mais ativa do que nunca. Se você assistiu "Transpoiting" ou já usou o Orkut ("Se nada der certo eu viro hippie" é uma das comunidades com maior número de membros) sabe do que eu estou falando. É imposta uma lógica rasteira, absurda: se você não quer fazer parte do "sistema" e se sentar em frente a um televisor de 30 polegadas enquanto engorda comendo chips, então é melhor apresentar um comportamento dementado qualquer, vivendo na marginalidade, sujo, cheio de entorpecentes e fazendo "comunhão" com a Natureza.
Há muito mais opções quando não se quer viver no raso da cultura pronta. Dentre as várias possibilidades acredito que o conceito de vontade piagetiano é o que mais se afiniza com a proposta espírita: dispender energia para agir mediante o que se alcançou pelo conhecimento vencendo os apelos imediatos biológicos e culturais. Agindo pelo conhecimento e pela busca crítica da verdade existe sempre uma possibilidade mais efetiva de enquadramento com o sentido harmônico da vida, alcançando-se uma postura transcendente à cultura pronta de massa sem com isso precisar adotar um comportamento de Tarzan.
Há muito mais opções quando não se quer viver no raso da cultura pronta. Dentre as várias possibilidades acredito que o conceito de vontade piagetiano é o que mais se afiniza com a proposta espírita: dispender energia para agir mediante o que se alcançou pelo conhecimento vencendo os apelos imediatos biológicos e culturais. Agindo pelo conhecimento e pela busca crítica da verdade existe sempre uma possibilidade mais efetiva de enquadramento com o sentido harmônico da vida, alcançando-se uma postura transcendente à cultura pronta de massa sem com isso precisar adotar um comportamento de Tarzan.
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