Gostaria de propor que todos nós espíritas, eu incluso, refletíssemos um pouco sobre o que temos pensado sobre os espíritos. Hã? Como é que é?
Sim senhor!
Um dos pressupostos das crenças espiritistas é acreditar na existência e comunicação com os espíritos desencarnados. OK! Mas como temos pensado neles? Visto o que se publica por aí as respostas não são nada positivas.
Desencarnados sabem de tudo.
É como se de repente imaginássemos que alguém quando desencarna, independente da construção moral que tenha feito encarnado, passasse a ter acesso permanente a nós e mais, saber tudo sobre nós. Daí, para os espíritos desencarnados alcançarem um status de conselheiros infalíveis é um passo.
Mágicos
Os desencarnados, ao contrário dos esforços de Kardec, se tornam:
infalíveis;
extranaturais;
absolutos;
constantemente presentes;
sábios profundos.
Tchau Livre Arbítrio
Ninguém por desencarnar torna-se expoente no que foi limitado. No máximo expande um pouco a consciência e nos enxergando de fora pode ter uma visão mais confortável para nos orientar. Mas entre isso e saberem mais do nosso vínculo com o Creador e a Creação do que nós mesmos há um abismo intransponível. Delegar a eles nossos futuros e escolhas é abrir mão do nosso exercício crítico do livre arbítrio.
Argumento da autoridade
Tudo bem! Alguns espíritos realmente alcançaram condições possíveis de nos instruir e nos provocar a avançar. Mas a sua instrução deve ser avaliada hermeneuticamente tal qual um pesquisador avalia os autores referenciais das suas teses. Nada de justificar uma verdade apenas porque um espírito desencarnado falou. Nada de autoridades indiscutíveis, nada de palavras absolutas, nada de...opa! Dogmáticos são eles, os outros. Nós, não! Somos críticos e hermeneutas. Sei!
Um comentário:
É isso aí Guilherme, vemos muita gente confundindo as coisas e tratando os espíritos desencarnados como verdadeiros "deuses". Que bom que voltou a escrever.
Abraço,
Thiago
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