segunda-feira, 17 de agosto de 2009

A Dúvida e a Fé

Não há nada mais saudável do que, vez ou outra, questionar a própria fé, as próprias crenças. Em alguns momentos dolorosos questionamos tudo aquilo em que acreditamos, refletindo se nossa visão de mundo, nossa expectativa com relação ao porvir faz algum sentido. Quando nos deparamos com estas situações podemos tomar alguns posicionamentos benéficos:

- procurar da forma mais crítica, flexível e aberta possível se os fundamentos da nossa crença são consistentes. As vezes percebemos que os argumentos de nossa crença já não nos satisfazem mais, de modo que procuramos averiguar se existem outros argumentos mais profundos que satisfaçam nossa fé. Se não encontrarmos podemos construir novas visões de mundo e buscar por explicações que nos sejam mais plausíveis e mais funcionais para nossa existência;
- no caso de aprofundarmos os argumentos que embasam nossa fé, conseguimos deixá-la mais fortalecidae, amparada numa base mais racional.

Desde que promoveu a codificação da Doutrina Espírita pelo Espiritismo, Kardec sempre defendeu arduamente que a nossa fé deveria poder encarar frente a frente a razão em todas as épocas e espaços. Portanto, a dúvida não é sinal de fraqueza ou falta de convicção. Mas uma aliada no processo de fortalecimento de nossos posicionamentos, de modo que não há nada como um permanente processo de questionamento para nos fazer crescer.

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